segunda-feira, 23 de junho de 2014

Uma visão geral da célula

Como pudemos aprender no post anterior, a célula vegetal foi o primeiro tipo celular a ser observado, por Robert Hooke, em 1665. A partir deste marco e do aperfeiçoamento dos equipamentos ópticos, outros tipos celulares  foram descobertos, e a célula pode ser desvendada de maneira mais refinada, corroborando com a constatação de que esta é a unidade básica constituinte de todo ser vivo.

        A célula procariótica é um tipo celular mais rudimentar se comparada à célula eucariótica. A primeira se difere da segunda pela ausência de núcleo individualizado por membrana e por ser ausente de diversidade de organelas membranosas citoplasmáticas.  Seus principais representantes são as bactérias.  Já a célula eucariótica possui um maior nível de complexidade, apresenta em sua constituição geral: membrana plasmática, citoplasma e núcleo.

        Quanto a célula eucariótica, que é o foco deste blog, sua membrana é de natureza lipoproteica e delimita o meio intra e extracelular.  No citoplasma há diversas organelas, compartimentos delimitados por membrana, especializadas em diversas atividades necessárias para a sobrevivência da célula. Estas compreendem: As mitocôndrias, os lisossomos, o reticulo endoplasmático, o aparelho de Golgi e os ribossomos. Todas essas estruturas estão sustentadas por um citoesqueleto, constituídos por três polímeros proteicos designados como microfilamentos (ou filamentos de actina), filamentos intermediários e microtúbulos.  No núcleo está contido o material genético, o DNa, responsável pela hereditariedade. Exemplo de seres que possuem células eucarióticas são: as plantas, os fungos e os animais.

        Esta foi uma breve descrição dos tipos celulares e seus constituintes. Posteriormente cada uma das estruturas citadas será estudada em seu âmbito morfológico e fisiológico. Até a próxima!

Revisão: Kelly Cristina Demarque 

Referências Bibliográficas:

Montenegro, Mário R; Franco, Marcello. Patologia: processos gerais. 5ª Ed. São Paulo: Atheneu, 2010.

Alberts; Johnson; Lewis; Raff; Roberts; Walter (orgs). Biologia Molecular da célula. Ed. Artmed, 2010.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Biologia Celular: como tudo começou



A Biologia Celular, também conhecida como Citologia, é o âmbito das Ciências Biológicas que possui como sua protagonista: a célula. Esta só foi possível ser descoberta mediante a construção do microscópio óptico, do qual se tem indícios que o primogênito tenha sido construído em 1592 por dois fabricantes de óculos holandeses, Jeniere da Cruz e Zacharias Jansen. Contudo, acredita-se que a primeira observação de materiais biológicos foi feita pelo holandês Antonie Van Leeuwenhoek, que construiu diversos microscópios simples que posteriormente foram aprimorado por Robert Hooke em 1665, possibilitando a visualização de pequenas estruturas que constituíam a cortiça (paredes das células vegetais mortas) que passaram a ser  intituladas: células.

        Com a descoberta da existência desta partícula, componente básico de todo ser vivo, ocorreu o aprimoramento dos equipamentos ópticos e o desenvolvimento de técnicas que aperfeiçoaram a observação e o estudo da célula, tornando possível a descoberta dos constituintes citoplasmáticos que a compunham.

A microcirurgia, por exemplo, é uma das técnicas que permitiu, além do isolamento de uma única célula em cultura, o estudo desta em seu nível fisiológico. O aprimoramento deste estudo, juntamente com a concordância existente entre a citologia e a bioquímica, culminou com o surgimento da citoquímica, permitindo a localização de diferentes compostos celulares em loco.  Posteriormente esta foi combinada com o grande avanço do surgimento do microscópio eletrônico, que continua sendo utilizado atualmente.

Este breve histórico do desenvolvimento da citologia nos permite constatar que só foi possível conhecermos a célula como a conhecemos atualmente devido à construção do microscópio óptico, o grande pioneiro da fantástica biologia celular!


Revisão: Kelly Cristina Demarque


Referências bibliográficas:


Molinaro, Etelcia; Caputo, Luzia; Amendoeira, Regina (orgs). Conceitos e métodos para formação de profissionais em laboratórios de saúde. Rio de Janeiro: Escola politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/ Fundação Oswaldo Cruz, 2010. 2 vol.

Montenegro, Mário R; Franco, Marcello. Patologia: processos gerais. 4 Ed. São Paulo: Atheneu, 1999.