Cada um desses
fosfilipídios desempenha funções importantes na dinâmica da membrana. A
fosfatidilserina, por exemplo, é carregada negativamente em ph fisiológico e
desempenha, na membrana, a função de comunicação intercelular e, no interior
das células, a da transferência de mensagens bioquímicas.
O fosfatidilinositol
se apresenta em minoria, na membrana, mas é o único que possibilita a ancoragem
de proteínas.
Os fosfolipídios se
distribuem assimetricamente nas metades da bicamada, na membrana das hemácias,
por exemplo. A fosfatidilcolina e a esfingomielina se distribuem apenas na
camada voltada para o meio externo, enquanto a fosfatidilserina e a
fosfatidiletanolamina se localizam apenas, na camada interna. Essa assimetria
causada pela distribuição dos fosfolipídios é funcionalmente importante na
conversão de sinais intracelulares em sinais extracelulares, comunicação entre
células e na ativação de determinadas enzimas.
O colesterol, lipídio
pertencente ao grupo dos esteróis, está diretamente ligado à fluidez da
membrana. A presença deste lipídio torna a membrana menos fluida, aumentando
sua resistência à deformação e diminuindo sua permeabilidade.
Os
glicoesfingolipídios se localizam na superfície extracelular. Os açúcares ficam
voltados à superfície, fazendo parte de muitos receptores de sinais na
superfície celular.
Devido à fluidez da membrana, os lipídios podem se mover
livremente no plano lateral da membrana (translocação), rodar em volta de seu
próprio eixo (rotação) ou ainda mover se de um plano a outro da bicamada (flip flop), movimento de raro
acontecimento na bicamada, sendo comum no retículo liso, requerendo enzimas
específicas e gastos de energia (fig.1).
Nenhum comentário:
Postar um comentário